Véio Cemitério
Rodrigo Zanc
Duas luas entre galhos secos;
Olhos bem arregalados vêem;
A coruja olha cantando;
Tem cabelo arrepiando, tem.
Com medo não quer ter o impulso de sonhar; 2x
Pra tudo acabar, sem querer saber;
Quando a noite cai, num cavalo sai;
No escuro vai surgindo, Cemitério está sorrindo.
Medo no caminho, nuvens vão se abrindo;
O seu culto vai cumprindo, toda noite repetindo.
Cemitério, o "véio tá" passando;
Molecada vai sumindo ao léu;
Calça velha, curta e assustada;
O nariz é a direção do céu.
Com medo não quer ter o impulso de sonhar; 2x
Pra tudo acabar, sem querer saber;
Quando a noite cai, num cavalo sai;
No escuro vai surgindo, Cemitério está sorrindo. 2x
Medo no caminho, nuvens vão se abrindo;
O seu culto vai cumprindo, toda noite repetindo.
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