Tempo das Âncoras
Marina Prado
Teus olhos negros
Estão distantes
Da terra que podes pisar
Mas são naturais
Das águas profundas
Da sina de sermos cabrais
Mas são naturais
Das águas profundas
Da sina de sermos cabrais
Tantas cadências trazidas
De longe, bem vindas
Tocaram teus pés
E os refletores da história
Podem agora dizer o que és
Os refletores da história
Podem agora dizer o que és
Sonoros ritmos d'africa
Lirismos, ai, d'alemar
Pa pa pa pa
Minha terra um velho samba
De longos sonhos civis
A espera torna em pastel
A estampa de seus brasis
A espera torna em pastel
A estampa de seus brasis
Belas palmeiras
Bandeira jobim
São fragrâncias d'alicrim
Prenunciando o luar
Penhores do que há de vir
Das fúrias e vendavais
Se navegar é preciso
É tempo das âncoras
Se navegar é preciso
É tempo das âncoras
Se navegar é preciso
É tempo das âncoras
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