Viola De Carne
Carlos Augusto e Silvano
Eu tenho duas violas
Que são as minhas riquezas
São dotadas de belezas
E do muito bem com as duas
Uma madeira, outra carne
Numa intimidade louca
Brincamos de boca a boca
E vamos além da lua
Essa mata meus desejos
Com as duas curto a vida
São de formas parecidas
Principalmente nuas
Duas joias preciosas
Que eu toco nelas com jeito
Esse nosso amor perfeito
Graças a Deus continua
Uma chora quando eu canto
Outra me tira da rua
É de uma força tão grande
A paixão pelas duas
Uma chora quando eu canto
Outra me tira da rua
É de uma força tão grande
A paixão pelas duas
Lá no meu chão em seresta
Rodeados de pirilampos
Aves noturnas do campo
Respondem dando alarme
Sinto a presença dos anjos
Ouço um coral afinado
Com as violas do lado
Não há quem não se acalme
Esta penumbre celeste
Deus do infinito me ajuda
Insuma estrela muda
Piscando seu lindo charme
Olho pra cima e agradeço
Recolho as companheiras
Guardo a viola de madeira
E fico com a viola de carne
Uma chora quando eu canto
Outra me tira da rua
É de uma força tão grande
A paixão pelas duas
Uma chora quando eu canto
Outra me tira da rua
É de uma força tão grande
A paixão pelas duas
É de uma força tão grande
A paixão pelas duas
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